domingo, 27 de fevereiro de 2011

Plástica da emergência...


Como em todas as relações de alteridade, os “outros”, ou melhor, o outsider fica em uma situação desagradável. Como em todos os casos, o ocorrido de uma relação entre um “outro”, ou mesmo, vários “outros” à dialética persuasão esbarra na paciência do mau-caratismo.  Claro, isto virará em um grande mal entendido, pois sempre resulta em algo mal intencionado pela cabeça de opressores em uma relação de submersão de um humano ao outro, mas fazer o que, tradicionalmente isto se dá, isto se nega praticamente a um discurso, e ficar-se assim, pois fazer o que, o egoísmo engole, todas as noções de gentileza, coletividade e igualdade...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

o que ocorre com nós mesmos neste circulo de resistencia?


O que ocorre com a Família Burguesa, atualmente, hipocrisia de ser ela mesma e de manter seus próprios preceitos na crise de um eventual esfacelar-se sobre sua própria estrutura?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

As vestes de não vestir.


Entre as mil e umas relações que vemos no dia a dia, encontramos a nós mesmos, nos relacionando do mesmo modo. Assumindo papeis diferentes conforme nos encontramos dispostos a determinando seres como nós. Quero pensar, em torno de nossas intimas e singelas relações, como manter sem ser mais uma forma de papel que assumimos e não cumprimos, artificialidade gera a romper com algo pensado e utópico a naturalidade do que poderia ser o belo de amar. Amar, gostar, relacionar-se, em escalas, em padrões, mas não em papeis funcionais e mecânicos, eis a prova do tempo, a provo do humano sobre outro humano. Eis, uma dama sobre um amigo, eis um amigos como dama, a confusão em papeis, confusão dos sentimentos, esclarecimentos – vividez de não saber quem é quem, mas saber o quanto eu gosto de alguém. Eis a bela rapariga e moço formoso, eis amigos, eis amores...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Transcendência do Imortal.


Ora, bendito é o homem que sobrevive a um estágio natural de sua própria falência. Parece tolo, mas todos têm o preceito da imortalidade. Todos por mais que não admitam queriam de alguma forma a imortalidade, ou o prolongamento da vida, em o que, mais uns cem, duzentos anos do que possam viver corriqueiramente em um país de terceiro ou primeiro mundo. Poderemos então observar dois sentidos de imortalidade, uma na vida, no cotidiano, no imaginário, esta inexistente, como inicio este breve texto, fruto da falência natural humana e a outra uma real, mas transcendental, na medida de uma imaterialidade carnal, mas humanamente viva na memória coletiva dos “intelectualóides” que sustentam as universidades ou mesmo aqueles que mantêm sebos e livrarias funcionando pela ascensão espiritual do capital. O ser humano, egoísta de si mesmo, problematiza-se e pensa sobre sentidos de vivencia, ou mesmo, de coerência do viver. Mas me pergunto, estamos a todos os dias tentando burlar a morte, ou melhor, demarcar a vida. Porque existem médicos, ou mesmo toda uma indústria farmacêutica? Ah, claro! É o capitalismo, o mercado, que lucra com uma indústria de remédio e mesmo favorece a uma classe de burgueses vestidos de branco. Mas mesmo assim, paro e me perguntar, quais os motivos inconscientes reais, que perpassam apenas a esfera capitalista do setor da saúde, não queria falar aqui e agora, sobre as transposições do capitalismo, não quero trazer utopias ideológicas, por difícil que o seja, mas o que quero pensar, e não de forma niilista, por mais que isto, quer sim ou não, acabará por suscitar, que porquê procurarmos remédios ou diagnósticos para tudo? Diagnosticamos, desde as subjetividades sentimentais, as melancolias frutos de decepcionamentos vivenciais em vários os sentidos, até as patologias mais sérias e que nos levariam a sete palmos de terra sobre nossa carne. Mas no fim, não vamos ou acabar como cinzas ou em quilos de terra sobre nosso corpo?
É, o que não queremos é morrer vivendo, mas morremos morrendo, ou seremos pegos de surpresa, como alguém que ganha algo inesperado, mas ganharemos nada, apenas perderemos o que tanto queremos manter , e nesse caso nos mesmo, respirando, engordando e vegetando em nossas vivencialidades. Então se esta é a justificativa, para planos de saúde privados ou mesmo a recorrência ao “grandioso” sistema único de saúde, o tão travado SUS, ao nosso caso brasileiro, é isto que explica a corrida a não morte. O que é uma doença, pergunto-me? É um estágio a não vida? A vida se faz a morte? Como a morte faz de seu significado a vida. Ora, morte e vida, na realidade não são antônimos, mas sim, sinônimos práticos. Se pensarmos que a cada dia que se termina, é uma a menos de vida, parece um tanto quanto pessimista, mas acredita que não é isto que me parece, mas sim o parar e refletir sobre o que de fato ocorre, mas para que pensar nisto, se na realidade nos leva a uma só resposta, o fim. Prosseguindo, poderíamos pensar então, que as pessoas são egoístas o tanto de afirmar, que querem viver na aplicabilidade de suas cotidianidades e também, muitos afirmam que não querem uma eternidade em vida, mas sim um tempo necessário a não morte. Passamos mais tempos mortos e dormindo, do que em vida. O dormir é anseio a morte, inconsciência. Mas isto é demais, pra agora.
Voltando a problemáticas então suscitadas, se as pessoas por ventura, não fossem egoístas de querem uma “eternidade” provisória, ou a extensão de uma vida ilusória, a classe burguesa da medicina, o mercado de remédios e mesmo todos os dependentes de tal capital, estaria no que eu diria de inexistência. Mas, como não existe o se, e sim o porque, ou mesmo a evidenciação da correlação processual de nossa realidade, eis uma questão que se torna abrangente, as pessoas querem, mas negam, ser imortais no sentido carnal e mental da palavra. Querem ser jovens, ou aparentar o mesmo, eis as reclusas burguesas da insuficiência de quererem ser saudáveis; a reclusa da  coletivista da interdependência que leva a necessidade alheia e assim, instauram-se em uma batalha cruel e crucial a vida eterna, ou ate que o dinheiro pague a propensão que seus corpos resistam a modificações temporais e assim, permanência em um estado de a - mortalidade. Não seria mais divertido, empolgante, menos depressivo, viver, comer, gozar e nada mais, a espera ou na luta pelas contra as patologias de modo naturalista, quebrando assim com todo uma ordem “capitaniilista” de sobrevivência da quantificação material e assim, a supremacia de poucos sobre muitos, é caminhei com a ideologia sobre o divertimento de relatar o que se passa em minha psique, em um sentido lato da palavra.
Claro, só destruindo tudo e reconstruído toda uma “naturealidade” (natureza com realidade) a viver em um formato, solido, lúdico de ser primitivista, coletividade e “harmonia”, mas desencadeante de toda uma transparência de sentidos que o real pode assim, obedecer a trazer. Acho que é evolução, fomos evoluídos muito antes de sabermos da existência de um signo, para descrever o que é evolução, da passagem de um estado primitivo para outro avançado. Mas nesse caso, o primitivo é o evoluído e o avançado o retrocesso. Parece piada, afirmar tal pretensão, em dizer, por exemplo, que nosso estágio mais avançado de civilização, esta em nosso passado a uns 600-500 anos, mas não estou querendo afirmar nada, nesse sentido, se o fizesse, seria uma prepotência de minha parte, refutaria vários que não o aceitariam, por uma medida de simbolismo ou mesmo de capital simbólico de mim mesmo, para com eles. O que quero dizer, é que se pensar de forma inversa, e que se pensarmos em que sentido evoluímos, recairíamos a uma banalização do presente e assim, poderíamos voltar ao problema inicial assim, porta a questão das pessoas querem viver mais e não o conseguirem ou mesmo conseguirem por frutos referidos ao acumulo de capital.
Vamos pensar sem fontes, apenas no campo hipotético com base para isto, eu como sujeito de minha própria histórica como também de meus próprios textos. Assim, gostaria de lançar, com base nas asneiras de meus problemas ate aqui levantados para dizer, será que o que estou a considerar como evoluído, a primitividade no sentido real e absoluto do termo, expresso pelos aborígenes, vamos se dizer ameríndios, que viviam no que hoje fixa-se como território brasileiros, estes construtores de um concreto comunismo primitivo, real coletivista e ao mesmo tempo humanizado, onde o homem era fruto de seu próprio empenho para com o coletivo. Hoje, diferente deles, a barbárie civilizada, a qual muitos neoliberais ousam em falar, civilização, faz de seus agentes, coisas, produtos de si mesmos e produtos do próprio mercado, que compra produtos. Somos mais um meio a tantos, e quantos morrem dia a dia? Faz-se da morte algo fora de humano, algo inorgânico e artificial.
            Mas voltando a nossos primitivos, que os chamarei de evoluídos ou a evolução antes mesmo desta se conhecer por este nome, é os conceitos tem suas histórias, como as bobagens também. Ora, e o signo a qual estou a me referir com desdém, foi no seu processo de utilização fruto de grandes legitimações de “imbeciálidades”, mas como neutralidade tem de ser o nosso horizonte, eu na verdade não afirmei isto, foi no que diríamos uma ilusão grafada na lauda branca, ate posso falar em borrão proposital, ou não. Mas, a questão de levantar os ameríndios aqui é o exemplo, ou melhor, a própria evidencia temporal concreta, por mais que alguns afirmem não poder remeter a um passado de forma existencial, mas apenas através de textos que falam de um passado, estou assim a produzir tal operação, chamam de ultra-relativização a isto o que gera, mas tomarei meus cuidados. Desta forma, apresento estas sociedades, através do que tenho conhecimento em meu discurso produzido por outros discursos, às disciplinas de America I e Brasil I, e assim, trago-lhes de forma a constatar o problema que quero induzir quem lê estas lautas sujas de letras, a pensar ou mesmo descartar toda e qualquer hipótese aqui posta.
            Antes de começar a desmontar minha própria hipótese, quero desenvolvê-la, para não parecer que só demarquei embolações gramaticais. As questões relacionados aos indignas se pensarmos é que não tinham um sistema inorgânico de contracepções a patologias, ou mesmo uma industria contra o envelhecimento de aparências ou ainda toda um desenvolvimento medicinal artificial para a beleza como para as doenças e nem ao menos tinham terapeutas para distúrbios ou mesma “cóleras” mentais, é deveria de ter sido tempos ruins estes de primitividade, tortura estar vivo, sem a potencialidades da modernidade sobre a cotidianidade da insuficiência sobre si mesmo, competindo a escravidão do homem a maquina e assim, construindo a prospecção teleológica da artificialidade do viver. Ora, mas os nossas primitivo-civilizados[1]não viviam em uma tortura a espera de morrer antes mesmo de suas perspectivas, viviam anos e mais anos, como muitos relatos nos indicam, relatos estes escritos pelos excelentíssimos europeus, que registravam homens com 100, 150 anos de vida e no bem comum de suas forçar, mas como fundamento em hipóteses, nada tem de documentos a pautar minha afirmações, então quantificar nada vale, o que nos resta é pensar o processo e assim, desencadear algumas reflexões sobre o que posso assim, proferir sobre estes coletivos e assim, estabelecer o que realmente me interessa a questão da imortalidade em um sentido carnal real da palavra na vida e na desumanização do ser em tempos de barbárie pós-moderna.

Pensar toda a organização social, nos modos em que viviam aqueles que habitavam aqui nos anos iniciais de contato com os eurocêntricos da Europa, tradição de sociedade, posta a tempos de milênios, nesse sentido, pode-se afirmar, que a contraposição de modos de vida opera em uma balança em parâmetros neutros ate estáveis a contrabalançar o peso entre o choque de duas civilizações, mas nos deparamos quais os critérios de uma sobre a outra sobre sua legitimidade de opressão e assim, de evolução que as faz aplicar um discurso hegemônico e iniciar um processo de colonização? A prerrogativa civilizatória foi à evolução bélica, isto que difere uns de outros, faz dos ameríndios os outros dos eurocêntricos, a forma, o poder, os pouco que dominam muitos, dentre outras legitimidades que nasceram obre parâmetros religiosos como também do campo cultural.  Mas a volta feita, para estas colocações colocam em quadrantes a problemática que incitei, em afirmar que na realidade os civilizados eram os bárbaros e os bárbaros, os outros, para aqueles que tinham o poder da dominação forçada, bélica em mãos, são os civilizados. Assim, fica-nos claro que é um modo imperativo discursivo, digamos uma construção feita contemporaneamente ao passar dos anos e que uma historiografia eurocêntrica e ate mesmo conservadora demarcou como verdade.
Poderemos voltar a discussão sobre a imortalidade, ou mesmo a propensão da vida em estendê-la e assim, não fazer das frases acima dispensadas e desconexas e pensar, que os europeus, desde fins do período medieval, ou mesmo no inicio de uma sociedade de corte iniciaram um processo estético de embelezamento, ate uns teóricos pretensiosamente falam em civilizado. O que poderemos extrair, que os indígenas vivendo em sistemas de comunismo primitivo, ou ultra coletividade onde não existe hierarquia a não ser em um mentor religioso e um chegue, um guia estabelecido pelo mais forte em guerra,  cria assim, um ambiente propenso a viver de modo “naturalista” de relação digamos ate que dialética com o meio sócio-natual, digamos, a própria natureza, biosfera em si, e assim, não afirmariam nenhum tipo de exploração como os brancos, de explorar e acumular, estabelecendo um sistema de acumulação de capital privado, mas sim na subsistência, como também não estabelecendo uma medicina natural a medida que as ervas e plantas e não uma industria do vicio médio operaria. Pode parecer romântico de mais de minha parte ter recorrido ate o século XV XVI, para esboçar tal exemplo, mas volto à contemporaneidade a permanência de tais sociedades, paralelo e assim, vivendo de forma a uns precários e outros ate digamos sadias, em resistência ao branco capitalismo, mas ao mesmo tempo mantendo os vínculos orgânicos com sua terra e com seu meio, queres a imortalidade anti-artificial que esta, mesmo em um desequilíbrio pelo egoísmo do sistema que rege em oprimir, a fortes manutenções sócio-cultural.
Assim, percebemos que o anseio de querer viver mais e mais, e criar mecanismos através do capital pela busca desenfreada da juventude, ou mesmo da saúde, a própria sobrevivência, faz de nós objetos de nós mesmos e produtor de um grande sistema opressor, e sendo assim, somos contrapostos por sociedades que sobrevivem em meios opostos, ligados a terra, a natureza e conseguem estabelecer perspectivas de vida de forma a ir décadas a frente do branco que vive na civilização, ora que grande dilema da primitividade. Que dilema cultural, criamos a nossos próprios meios de desaparecimento, criamos todo um sistema cultural que faz de nós mesmo objetivos de humanização e desumanização do próprio homem, alto opressão que leva-nos a buscar a imortalidade e só encontra com o capital gasto e desenfreado a morte e a extinção de si próprio, outros sobre outros e o eu sobre os eu, nossos pares morem nas brechas falhas do sistema e buscamos assim, a nossa própria sobrevivência individual do ser na busca de despejar um vasto número de artifícios do sistema em busca da imortalidade, medicina, estética e vida-morte-vida. E somos desde modo, contrapostos pelos nossos “primitivos” aborígenes dos Mil e quinhentos, que apelam as permanência cultural que criam na vida sadia naturalista de viver de forma centenária apenas estando longe da opressão capitalista...
O segundo modo de imortalidade, é simples, não precisa de uma reflexão apurada, são mentes que pensaram, refletiram foram contra ou a favor de algo e demarcaram-se na história viva e na memória coletiva a fazer-se dentre de grupos sociais a manutenção de suas imagens, isto é claro ao processo histórico de forma geral. Como também na produção bibliográfica ou mesmo na manutenção de regimes, o que se espera disse é fixar-se em um dado tempo, em um dado presente e manter-se a ser lembrando coletivamente a um futuro. Uns tem como objetivo, outros esquecidos em vida lembrados em morte e os muitos trabalhados, operários e mesmos escravos de um passado, foram esquecidos com o tempo, mas a única coisa que deixaram, foram a realidade condicionada de seus feitos; de suas construções; de sua lembranças; de sua cultural; de suas lutas e conquistas na melhoria de algo melhor e mais igualitário a seus pares,  mas a memória coletiva os tem abandonado no esquecimento condicionante, ou melhor, a inexistência de nomes fada a existência do real, do cotidiano, do mundo transformado e a se transformar na transposições dos séculos. 


[1] Primitivo-civilizado para mim corresponde a esta relação que estabeleço entre um modo que se funda no discurso hegemônico científico eurocêntrico, de estágio inicial da civilização, ao qual eu argumento ser o contrário, ser o primitivo o ápice da civilização penas características da coletividade e assim, desencadeando uma vivencia limitadas a necessidades do grupo e um bem comum ao nicho ecológico ao qual estão interagindo a sociabilidade.